segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A importância das férias

O nosso dia a dia é uma correria, a falta de tempo para descansar e reflectir, a vida atribulada, cheia de compromissos e horários ( escola, aulas extras, desportos, médicos...) tira às crianças o tempo que deveriam de ter para crescer...para brincar...para viver a sua infância... A criança, embora seja pequena, vive o stress do dia a dia dos pais e acaba por ficar, também ela, stressada.
O período das férias é importante para o adulto que precisa de "sair do seu trabalho" , da rotina do dia a dia,esquecer as horas e as obrigações, também faz todo o sentido para a criança. Embora esta não tenha a carga de responsabilidades do adulto, a criança necessita de tempo para relaxar, descansar, estar mais perto da família, brincar, passear, caregando as suas baterias para se preparar para o próximo ano lectivo.
A organização das férias é muito importante para a criança, os horários não devem ser tão rígidos e a criança deve ter a possibilidade de dormir um pouco mais ou alterar a planificação do dia, se assim o deswejar.
O mais importante é a família não ficar presa ao relógio e que este tempo seja de qualidade, ou seja, tempo para estarem juntos, tempo para fazerem algo de diferente, não é preciso que seja algo de dispendioso, pode ser simplesmente fazer uns biscoitos, piqueniques, ir ao parque, jogar, ir à praia, contar histórias...actividades que podem ser agradáveis para a família  e ao mesmo tempo verdadeiramente relaxantes para a criança. O tempo de férias é uma ocasião própia para acertarmos a vida pelo relógio do sol e pelo ritmo do nosso coração.
Dizia a raposa ao Princepezinho, "foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez a tua rosa tão importante". Porque esta continua a ser uma verdade esquecida entre as pessoas, é importante que haja quem saiba e ensine a "perder tempo" com o mais importante. E o mais importante continua a ser "criar laços" e "deixar-se cativar".

BOAS FÉRIAS



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Atenção à hiperatividade infantil

Os pais de crianças hiperativas tendem geralmente a achar que o céu lhes caiu em cima. Não é fácil para eles mas para os filhos não é melhor.

Este distúrbio provoca sofrimento, problemas de integração, socialização e aprendizagem. Mas não aceite, vencido, o rótulo de filho problemático. Com o acompanhamento adequado, os milagres da concentração acontecem. Basta saber acompanhar a criança.

Os números assustam , a  hiperatividade, nome pelo qual é conhecida a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), afeta entre 5 e 7 % das crianças em idade escolar.

É o segundo distúrbio do desenvolvimento mais frequente, depois da dislexia. Por isso, na escola, não é raro que exista pelo menos uma criança diagnosticada por turma. São, muitas vezes, consideradas crianças problemáticas mas, a verdade, são é desatentas e desconcentradas, o que resulta numa agitação permanente e anormal.

 Esta  perturbação é uma dor de cabeça para pais, professores, mas, sobretudo, para as crianças, que sofrem o estigma de quem tem dificuldades de integração e  aceitação. O que pode ter consequências devastadoras na formação e socialização dos próprios, bem como no seio da família. Não é à toa que pais com filhos hiperativos são mais propensos ao divórcio (a possibilidade é de três a cinco vezes maior).

Mas não é caso para resignações. A PHDA é crónica e, muitas vezes, cruel mas, com o acompanhamento certo, o diagnóstico bem elaborado, e doses reforçadas de paciência, amor e tolerância, é possível rescrever o guião de vida destas crianças.

O que é a hiperatividade?

Se o seu filho é irrequieto, desatento ou tem uma energia inesgotável, não é caso para lhe fazer de imediato um diagnóstico doméstico de PHDA. Até porque as características desta perturbação, em especial na infância, são comuns a diferentes perturbações do desenvolvimento. Aos pais, professores, família e pediatra cabe estarem atentos aos sintomas, mas «procurar sempre especialistas que saibam fazer uma análise correta da  situação».

TDAH, é uma patologia que se caracteriza pela existência de três sintomas: hiperatividade (movimento contínuo e superior ao esperado para a idade da criança), falta de atenção e impulsividade. Um transtorno que se produz devido a uma alteração do sistema nervoso central. É hoje, uma das causas mais frequentes do fracasso escolar e de problemas sociais na idade infantil. É uma patologia crônica, altamente genética (75%), mas que se pode diagnosticar e tratar.
Hiperatividade, falta de atenção e impulsividade

As crianças que sofrem de TDAH apresentam conduta inapropriada para sua idade. Custa-lhes controlar seu comportamento, suas emoções e pensamentos. Têm uma grande dificuldade para prestar atenção e a concentrar-se. No entanto, nem todas as crianças chegam a experimentar todos os sintomas. Depende muito do tipo de TDAH que tenha.

O fator hereditário influi no seu desenvolvimento chegando a sofrer o problema, 44% das crianças que tiveram pais ou mães hiperativas.

Muitos pais e professores sentem dificuldades para identificar se a criança é portador de TDAH, ou se o que lhe falta é limites, dado que as crianças nesses estados podem apresentar sintomas parecidos.

No caso do TDAH, a criança apresenta sintomas como:- Inquietude. Move os pés, mãos e o corpo sem um objetivo claro. Levanta-se, salta e corre quando tem que estar sentado.

- Baixa auto-estima, devido sua impopularidade.

- Aborrecimento e excitação excessivos e incontroláveis. Não consegue brincar de forma tranquila. Não respeita a vez dos outros. Excita-se e se aborrece com frequência.

- Grau acentuado de impulsividade. Age antes de pensar. Responde antes que terminem a pergunta.

- Falta de concentração. Não atende aos detalhes, nem à organização, nem as instruções.

- Falta de persistência. Além de não terminar as tarefas, evita as que necessitam de um esforço contínuo.

- Dificuldade para organizar-se e manter a atenção.

- Distrai-se com muita facilidade. Esquece-se do que tem que fazer.

- Surdez fictícia.


Tratamento da hiperatividade infantilO TDAH é uma patologia pouco conhecida, difícil de detectar e fácil de confundir. A complicação do tipo neurológico se desencadeia em idades compreendidas entre os 3 e 4 anos, alcançando o nível mais crítico aos 6. Os especialistas apontam que as crianças com hiperatividade não tratadas a tempo, terão problemas na adolescência, sofrerão problemas para relacionar-se e inclusive fracasso escolar. No entanto, um tratamento contínuo à medida que a criança vá crescendo, permitirá que o transtorno melhore, e inclusive que se consiga controlar.

A grande dificuldade que apresentam as crianças para atender, selecionar, manter, e controlar a atenção aos estímulos que lhes apresentam, assim como a excessiva agitação que apresentam, justificam a necessidade de uma ajuda e de um acompanhamento profissional. Um especialista ajudará a criança a adquirir hábitos e estratégias cognitivas para que seu desenvolvimento social, familiar, escolar, etc., esteja à altura de suas capacidades. O tratamento tem como objetivo:

- Melhorar ou anular os sintomas do transtorno.

- Diminuir ou eliminar os sintomas associados.

- Melhorar a aprendizagem, linguagem, escrita, relação social e familiar.

Para isso, o especialista empregará, segundo o caso, informação exaustiva aos pais e professores, tratamento farmacológico (imprescindível em 7 de cada 10 crianças), e tratamento psicopedagógico.

Não se deve esquecer que os pais desempenham papel fundamental durante o tratamento. As crianças hiperativas necessitarão muito apoio, compreensão, carinho, e sobretudo muita paciência para que pouco a pouco consigam desenvolver seu dia-a-dia com normalidade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O meu Grupo

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Em Educação assim como na vida é essencial saber estar e saber trabalhar em grupo. Ao longo deste Complemento desenvolvemos vários trabalhos de grupo. Tenho a sorte de trabalhar num grupo onde há entendimento, empenho, cooperação, responsabilidade, preocupação pelo outro e o mais importante a AMIZADE.
Aqui estão algumas fotos do meu grupo que é constituído por mim, Rosa, Ana Paula e Isabel , ao elaborarmos o Trabalho para as Unidades Curriculares de Matemática e Ecologia.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Dislexia

A dislexia caracteriza-se por uma dificuldade na aprendizagem e automatização das competências de leitura e escrita, em crianças inteligentes sendo a sua origem neurobiológica. As crianças com dislexia revelam muitas dificuldades em adquirir e desenvolver o mecanismo da leitura e da escrita. Apesar destas dificuldades, as crianças disléxicas apresentam uma eficiência intelectual normal ou superior, podendo evidenciar capacidades acima da média em determinadas áreas que não dependem da leitura e escrita (desenho, desporto, música, etc.). 



OS PRIMEIROS SINAIS:
− Começou a falar mais tarde ou apresentou problemas de linguagem durante o seu desenvolvimento.
− Na leitura troca letras ou inventa palavras ao ler um texto.
− A sua leitura é bastante lenta e inadequada para a idade.
− Não gosta de ler e distrai-se com muita facilidade.
− Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade intelectual.

AS PRINCIPAIS DIFICULDADES:
O disléxico tem uma deficiência na descodificação dos símbolos escritos, o que o impossibilita de compreender o significado de um texto. Quando lê, a sua atenção está voltada para o código, em consequência, esquece o sentido do que acabou de ler. A velocidade normal de leitura de uma palavra é de 200 a 300 milissegundos. O disléxico leva em média 600 milissegundos. A maioria dos disléxicos tem também disgrafia, que é uma caligrafia irregular. Possui também dispraxia (pouca eficiência motora), consequentemente não consegue organizar-se no espaço da folha do caderno. As letras geralmente variam de tamanho e não respeitam as linhas.
O disléxico lê sem respeitar a pontuação e muda as palavras, pois, devido ao seu problema de sequenciação, não identifica correctamente o fim das mesmas. O disléxico revela um fraco domínio do sistema ortográfico, pois possui a dificuldade de identificar e discriminar a representação gráfica.
O disléxico não consegue transformar os seus pensamentos em código escrito. Para ele, elaborar um texto é extremamente laborioso, devido às dificuldades em construir sequências e parágrafos num sentido lógico-gramatical. Em consequência, o texto sai extremamente pobre, discrepante com o conteúdo da sua imaginação.
O disléxico não consegue decorar regras gramaticais, por causa dos seus problemas de memória.
Estes alunos revelam também muita dificuldade na expressão oral, porque a linguagem oral também depende da habilidade fonológica, pois é necessário que se vá até ao “dicionário interno”, se seleccione os fonemas apropriados, se coloque em sequência lógica e se expresse a palavra.

Para os pais, aqui têm alguns conselhos. Não podem acreditar que o problema vai passar sem nenhuma intervenção, porque a dislexia não é resolvida com o tempo e nem com um passe de magia.
Muitas vezes, é necessário o trabalho de uma equipa para traçar o melhor caminho a ser percorrido.Psicopedagoga, psicóloga, neuropediatra, professora especializada são alguns dos profissionais que mais auxiliam as crianças e os pais neste momento.
O mais importante diante de um diagnóstico de dislexia é  manter a calma, valorizar e perceber que a criança disléxica é merecedora de todo o nosso respeito, carinho e compreensão e na medida do possível, facilitar toda a ajuda que ela necessitar para  que ela  possa crescer com segurança e autoestima. E sobretudo nunca desistir de acreditar...ter esperança... e estar sempre ao seu lado.

Muitas destas crianças sofrem terrivelmente com a escola. É na escola que estes problemas se manifestam e precisam fazer um esforço enorme para tentarem superar estas dificuldades, que influenciam todo o rendimento escolar . Este esforço provoca-lhes um enorme cansaço que pode acarretar instabilidade e flutuação na atenção. São, por isso, muitas vezes apelidadas de distraídas, pouco motivadas e sem educação. Por outro lado, têm como qualquer outra criança necessidade de reconhecimento, e, como não o conseguem por meio dos resultados escolares, recorrem muitas vezes a comportamentos indesejados na sala de aula (recusa do trabalho escolar, falar, espreguiçar-se, etc.).
A nível emocional são crianças que têm tendência para desenvolver uma baixa autoestima e um baixo auto conceito. É a este nível que os pais podem e devem ter um papel determinante.