sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Conselhos...

Evidências no dia-a-dia  mostram que existe um interesse, cada vez mais generalizado dentro da população, em conhecer e relacionar-se corretamente com as pessoas que têm uma deficiência.

Apresenta-se uma síntese desses comportamentos inclusivos diante de pessoas com deficiência, parte deles transcrita e/ou adaptada de inúmeros textos publicados




Dicas gerais diante de uma pessoa com qualquer tipo de deficiência

- Converse com ela respeitosamente, sabendo que ambos desejam ser respeitados como seres humanos.
- Comporte-se de igual para igual, ou seja, considerando que vocês dois possuem a mesma dignidade.
- Aceite a outra pessoa como ela é, assim como você espera ser aceite da maneira que você é.
- Ofereça ajuda sempre que notar que a pessoa parece necessitá-la. Pergunte antes de ajudar e nunca insista em ajudar. Se ela aceitar a ajuda, deixe que ela lhe diga como quer ser ajudada.
- Lembre-se de que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos garantidos a todos os povos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Constituição de cada país.

Diante de uma pessoa com deficiência física – que usa cadeira de rodas

- Não se apoie na cadeira de rodas, nem com as mãos nem com os pés. A cadeira de rodas é uma extensão do corpo da pessoa que a utiliza.
- Não receie em falar as palavras “ande”, “corra” e “caminhe”. As próprias pessoas com deficiência física também as utilizam.
- Se a conversa for demorar, sente-se num banco ou sofá de modo que seus olhos fiquem no mesmo nível do olhar da pessoa em cadeira de rodas. Para uma pessoa sentada, não é confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo.
- Ao ajudar uma pessoa em cadeira de rodas a descer uma rampa ou degraus, use a marcha à ré, para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente.
- Ande na mesma velocidade do movimento da cadeira de rodas.
- Ao planear eventos, providencie acessibilidade arquitectónica em todos os recintos.


Diante de uma pessoa com deficiência visual -  Pessoa cega

- Se andar com uma pessoa cega, deixe que ela segure o seu braço. Não a empurre; pelo movimento de seu corpo, ela saberá o que fazer.
- Em lugares estreitos para duas pessoas caminharem, ponha o seu braço para trás de modo que a pessoa cega  a possa seguir .
- Se estiver com ela durante a refeição, pergunte-lhe se quer auxílio para cortar a carne, o frango ou para adoçar o café, e explique-lhe a posição dos alimentos no prato.
- Num restaurante, é de boa educação que você leia o cardápio e os preços, se a pessoa cega assim o desejar.
- Se for auxiliar uma pessoa cega a atravessar a rua, pergunte-lhe antes se ela necessita de ajuda e, em caso positivo, atravesse-a em linha reta, senão ela poderá perder a orientação.
- Se ela estiver sozinha, identifique-se sempre ao aproximar-se dela. Nunca empregue brincadeirinhas como: “Adivinha quem é?”.
- Se for orientá-la a sentar-se, coloque a mão da pessoa cega sobre o braço ou encosto da cadeira, e ela será capaz de sentar-se facilmente.
- Se observar aspectos inadequados quanto à aparência da pessoa cega (meias trocadas, roupas pelo avesso, fecho aberto etc.), não tenha receio de avisá-la discretamente a respeito da sua roupa.
- Se conviver com uma pessoa cega, nunca deixe uma porta entreaberta. As portas devem estar totalmente abertas ou completamente fechadas. Conserve os corredores livres de obstáculos. Avise-a se a mobília for mudada de lugar.
- Se você trabalha, estuda ou está em contato social com uma pessoa cega, não a exclua nem minimize a participação dela em eventos ou reuniões. Deixe que a pessoa cega decida sobre tal participação. Trate-a com o mesmo respeito que demonstra ao tratar uma pessoa que vê.
- Se for orientá-la, dê direções do modo mais claro possível. Diga “direita”, “esquerda”, “acima”, “abaixo”, “para frente” ou “para trás”, de acordo com o caminho que ela necessite percorrer. Nunca use termos como “ali”, “lá”.
- Indique as distâncias em metros. Por exemplo: “Uns 10 metros para frente”.
- Se for a um lugar desconhecido para a pessoa cega, diga-lhe, muito discretamente, onde as coisas estão distribuídas no ambiente, os degraus, etc.
- Se vocês estiverem numa festa, diga à pessoa cega quais as pessoas presentes e veja se ela encontra pessoas para conversar, de modo que se divirta tanto quanto você.
- Se for apresentá-la a alguém, faça com que ela fique de frente para a pessoa a quem você está apresentando, impedindo que a pessoa cega estenda a mão, por exemplo, para o lado contrário em que se encontra a outra pessoa.
- Se conversar com uma pessoa cega, fale sempre diretamente, e nunca por intermédio de seu companheiro. A pessoa cega pode ouvir tão bem ou melhor que você.
- Não evite as palavras “veja”, “olhe” e “cego”; use-as sem receio. As pessoas cegas também as usam.
- Quando se afastar da pessoa cega, avise-a, para que ela não fique falando sozinha.
- A pessoa cega não vive num mundo escuro e sombrio. Ela percebe coisas e ambientes e adquire informações através do tato, da audição e do olfato. Ela pode ler e escrever por meio do Braille.
- Com a bengala ou com o cão-guia, a pessoa cega pode caminhar com autonomia, identificando ou desviando-se de degraus, buracos, raízes de árvores, postes, etc. O cão-guia nunca deverá ser distraído do seu dever de guiar a pessoa cega.
- Ao planejar eventos, providencie material em Braille.



Diante de uma pessoa com deficiência auditiva -  Pessoa surda

- Se quiser falar com uma pessoa surda, sinalize com a mão ou tocando no braço dela.
- Enquanto estiverem conversando, fique de frente para ela, mantenha contato visual e cuide para que ela possa ver a sua boca para ler os seus lábios. Se você olhar para o outro lado, ela pode pensar que a conversa terminou.
- Não grite. Ela não ouvirá o grito e verá em você uma fisionomia agressiva.
- Se tiver dificuldade para entender o que uma pessoa surda está a dizer, peça que ela repita ou escreva.
- Fale normalmente, a não ser que ela peça para você falar mais devagar.
- Seja expressivo. A pessoa surda não pode ouvir as mudanças de tom da sua voz, por exemplo, indicando brincadeira ou seriedade. É preciso que você lhe mostre isso através da sua expressão facial, gestos ou dos movimentos do corpo para ela entender o que você quer comunicar.
- Em geral, pessoas surdas preferem ser chamadas “surdos” e não “deficientes auditivos”.
- Se a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete da língua de sinais, fale olhando para ela e não para o intérprete.
- É falta de educação passar por entre duas pessoas que estão a falar através da língua gestual, pois isto atrapalha ou impede a conversa.
- Se aprender a linguagem gestual, estará a facilitar a convivência com a pessoa surda.
- Ao planear um evento, providencie avisos visuais, materiais impressos e intérpretes da linguagem gestual.


in http://papodemagistra.blogspot.com/2010/09/comportamentos-inclusivos-diante-de.html

2 comentários:

  1. Obrigada pelos conselhos. Por muito que tenhamos uma mente aberta e esclarecida, penso que não podemos evitar um certo constrangimento e falta de tacto para lidar com pessoas especiais.

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  2. Achei muito interessante e muito útil para qualquer um de nós este artigo. Pois muitas vezes, quando nos deparamos com alguém portador de uma destas deficiências, ficamos bloqueados, sem saber como reagir.Assim, depois de ler estas dicas, com certeza que a minha reaçao ao encarar com uma destas realidades já vai ser diferente.

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